segunda-feira, 25 de abril de 2011

Há coisas que só se aprende quando ninguém as ensina...

O ano de 2007 foi muito dificil, meu pai começou a ficar realmente doente , eu fui trabalhar na oficina com minha mãe, meus irmãos estavam passando por um periodo muito dificil , e já não havia comunicação entre nós, na verdade eles estavam alienados do mundo, eu não pensava mais em mim , não tinha planos, ou sonhos , nesse tempo a unica coisa que me permitia era vez ou outra sentir saudades do meu ex. O segundo semestre foi muito triste meu paizinho que era um homem muito bonito, forte, seguro, havia se tornado, dependente, fragil, havia emagrecido muito, e eu que antes me desesperava com a idéia de perdê-lo , já não tinha mais forças para rezar para que Deus o mantivesse entre nós, não com todo aquele sofrimento. E no dia 15 de setembro Deus o chamou pra junto de si, mas preciso antes retratar pelo menos alguns dias que antecederam a morte do meu pai. Eu parecia que estava anestesiada, não sei se era auto proteção ,enfim mas parecia que estava vivendo em outro planeta, nesse meio tempo recebi um convite para trabalhar no cursilho o que fez meu coração gritar de alegria, no dia que meu pai passou mal e levamos ele para o hospital não demos muita moral , pois estavamos tão acostumados com idas e vindas ( seu apelido era Hinlander), meu pai tinha uma vontade de viver unica e vivia cada dia com tanta intensidade que tinhamos certeza que ele nunca partiria, mas nesse dia o médico chamou a mim e minha mãe e disse que o quadro era muito sério e possivelmente ele não aguentaria a noite. Coinscidencia ou não meu ex havia passado na oficina nesse dia e ficou sabendo do quadro do meu pai, e me ligou para saber noticias, eu contei e ele pediu que eu o atualizasse, no outro dia acordei com mais certeza de que tudo ficaria bem, fui até treinar futebol com minhas amigas e deixei meu lugar na visita da manhã para meu tio, mas as 11 da manhã minha mãe me ligou e me disse que a médica havia dito que o meu tinha apenas algumas horas de vida pois estava com falência mutipla dos órgãos, não consiguiria nunca descrever o que eu senti naquele momento, só me lembro que uma grande amiga chegou pra me buscar logo em seguida minha mae e fomos para o hospital, no caminho meu ex telefonou e eu contei o que estava acontecendo...cheguei no hospital pedi muita força para Deus e a proteção da minha mãezinha e entrei para me despedir daquele que sem sombra de duvidas foi o homem que mais me amou na vida, a pessoa mais parecida comigo, meu exemplo, meu guerreiro...e lá eu fui...e Graças a Deus eu disse tudo o que eu queria falar, falei o quanto eu o amava, o quanto ele era importante, e que se eu tivesse que escolher mil vezes eu o escolheria para ser meu pai, e pela ultima vez o abracei e o beijei...Quando cheguei em casa como me senti amada, minhas amigas lindas (varanda), minha irmã ( camile), outros amigos maravilhosos minha familia e meu ex estavam lá todos para nos dar apoio, força nessa hora tão dificil, e as 15:30hs o celular da minha tocou era do hospital, eu atendi mas não tive coragem de ouvir a noticia, fui para o quarto dos meus pais, me sentei no chão a Camile me abraçou e juntas choramos, uma longa batalha tinha acabado e eu tinha que aceitar...O velório foi muito bonito e muito tranquilo estavamos todos conformados afinal sabiamos que tudo havia sido feito e que ele tinha sido muito mas muito feliz. A morte do meu pai de uma certa maneira me reaproximou do meu ex, mas de um jeito estranho nós nos encontramos algumas vezes, ficamos juntos mas sempre um dizia para o outro que não queriamos compromisso, não sei ele mas não era o que meu coração queria dizer, esses encontros por mais que me fizessem feliz por estar perto dele me deixavam destruida pois eu tinha migalhas do que um dia foi inteiro, então fui me afastando e deixei que ele fosse viver sua vida, nos 4 meses que se sucederam eu dei uma pirada , achei que estava ótima , mas no fundo não estava nada bem, sentia muita falta do meu pai, minha familia estava completamente desunida, eu sofria muito a falta do meu amor, então vivi um periodo que chamam de depressão euforica, até o mes de janeiro quando eu e minha mãe fomos fazer uma viagem para o lugar que eu já disse que se Deus quiser vou morar um dia Salvador, fui pra passar 15 dias fiquei 2 meses, foram perfeitos, conheci pessoas maravilhosas, emagreci, caminhava na praia, passei o carnaval ( até minha mae passou o carnaval lá)...só voltei por que era festa de 80 anos da minha vó e toda minha familia estaria reunida...mas voltei bem, pelo menos renovada e pronta para enfrentar essa louca e maravilhosa batalha da vida!!

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